Dívida pública federal cresce 1,8% em maio e fecha mês em R$ 2,496 trilhões

BRASÍLIA – A dívida pública federal voltou a crescer em maio e fechou o mês em R$ 2,496 trilhões. Segundo relatório divulgado pelo Tesouro Nacional nesta terça-feira, a alta no estoque foi de R$ 44,76 bilhões ou 1,83%.

O endividamento cresceu principalmente devido a uma emissão líquida de títulos públicos no valor de R$ 13,10 bilhões. Os juros que corrigem o estoque, por sua vez, somaram R$ 31,65 bilhões e também contribuíram para o aumento.

As emissões de papéis totalizaram R$ 86,09 bilhões em maio. Já os resgates foram de R$ 72,98 bilhões no mesmo período. De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF) elaborado pelo Tesouro, a dívida pública deve terminar o ano num intervalo entre R$ 2,45 trilhões e R$ 2,6 trilhões.

Segundo o relatório do Tesouro, a participação dos investidores estrangeiros na dívida voltou a subir em maio. Eles têm nas mãos R$ 493,46 bilhões em títulos públicos, o que representa 20,80% do total. Em abril, essa participação eram de 20,49%. Mas as instituições financeiras continuam sendo as principais os principais detentores de papéis do governo, com 26,84% do total.

O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, José Franco, informou que a participação dos estrangeiros no estoque é a maior desde junho de 2014 , o que mostra que esses investidores continuam apostando no mercado brasileiro.

— Os estrangeiros continuam vendo valor em apostar no Brasil por causa dos juros e também em função das expectativas de longo prazo sobre a economia brasileira — disse Franco.

Orcamento-2014-executado[1]

Os papéis prefixados, que são mais vantajosos para o governo, aumentaram sua fatia no estoque de 39,69% em abril para 41,92% em maio. Também houve elevação da participação dos títulos corrigidos pela Selic, de 20,09% para 20,21%. Já os indexados a índices de preços diminuíram sua fatia, que caiu de 35,41% para 32,85%.

Perguntado sobre quando o governo voltará a emitir títulos no mercado internacional, Franco afirmou que não há pressa para realizar essas operações, mas adiantou que deve haver uma captação de recursos no exterior no segundo semestre. Segundo o coordenador, o mercado deve ficar menos volátil na segunda metade do ano:

— Não há pressa de fazer emissão externa. O governo não tem necessidade de emitir para se financiar em 2015. Haverá emissão em 2015, mas não há data definida. As incertezas são menores no segundo semestre. Havia muita instabilidade no início do ano.

Fonte: http://oglobo.globo.com/economia/divida-publica-federal-cresce-18-em-maio-fecha-mes-em-2496-trilhoes-16526274#ixzz3dtYmlxmE

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